Alunos portugueses acima da média em Literacia em Computadores e Informação entre 31 países
Os resultados do ICILS - International Computer and Information Literacy Study 2023, foram divulgados no passado dia 12 de novembro. Trata-se de um estudo da responsabilidade da International Association for the Evaluation of Educational Achievement que avalia a literacia digital e a utilização da informação de alunos que frequentavam, em 2023, o 8.º ano de escolaridade (13 ou 14 anos), bem como as competências do pensamento computacional de alunos que frequentavam, em 2023, o 8.º ano de escolaridade (13 ou 14 anos).
No domínio da Literacia em Computadores e Informação, os estudantes portugueses obtiveram uma pontuação média de 510 pontos, significativamente acima da média dos países participantes (476 pontos), posicionando Portugal no 6.º lugar num total dos 31 países que cumpriram os requisitos de amostragem.
No domínio do Pensamento Computacional, a média de resultados obtida foi de 484 pontos, não se distinguindo estatisticamente da média internacional (483 pontos), tendo Portugal sido classificado na 12.ª posição num total de 21 países que participaram no domínio e que cumpriram os requisitos de amostragem.
Verifica-se, de um modo geral, que a experiência como utilizadores e o número de computadores que cada um possui em casa, contribui para o sucesso em qualquer um dos domínios atrás referidos. Os alunos das escolas privadas obtiveram melhores resultados do que os alunos das escolas públicas, em ambos os domínios. Finalmente, verifica-se que, no primeiro domínio, o desempenho das raparigas é superior ao dos rapazes, havendo uma diferença estatisticamente significativa entre os resultados obtidos por elas e por eles. No domínio do Pensamento Computacional, a situação inverte-se, tendo os rapazes resultados superiores aos das raparigas.
Outra informação interessante que o estudo nos fornece diz respeito às práticas de utilização das TIC. Assim, o estudo revela que
l 57% dos alunos do 8.º ano utilizavam computadores (incluindo portáteis, notebooks, netbooks e tablets) há 5 ou mais anos, percentagem superior à verificada na média dos países participantes (51%).
l Cerca de um quarto dos alunos (26%) referiu utilizar dispositivos digitais na escola, para realizar trabalhos escolares, enquanto mais de metade (52%) referiu que os utilizava para outro tipo de atividades.
l Mais de 70% dos alunos portugueses referiram ter aprendido na escola, pelo menos até um nível moderado, a organizar ficheiros e a editar o layout e a formatação de documentos e apresentações, 65% a completar cálculos usando folhas de cálculo e 60% a criar programas de computador através de um editor de programação visual. Por outro lado, menos de metade dos alunos portugueses (46%) referiu ter aprendido muito ou moderadamente a escrever programas de computador, através de uma linguagem de programação.
l Mais de 80% dos alunos portugueses reportaram ter aprendido na escola, pelo menos a um nível moderado, a avaliar se uma mensagem é uma fraude, a incluir referências precisas de fontes de internet e a avaliar a confiabilidade da informação na internet, e mais de 70% a utilizar a internet para procurar informação, a refinar pesquisas e a gerir as definições de privacidade em contas de internet e equipamentos TIC.
Podem obter-se mais informações na página da internet do Instituto de Avaliação Educativa (https://iave.pt/).