Morreu, hoje, a nossa muito querida Ana Ruth. Mais do que falar da dor e da tristeza que nos assola, a mim, à Ariana, ao Marcos, aos seus filhos, à família, aos amigos e a todos aqueles e aquelas que com ela privaram e trabalharam, queremos recordá-la (falo por mim e pela Ariana) como alguém por quem nutrimos um carinho muito especial e uma admiração sem reservas. Ela pertence ao Brasil que nos fez crescer e sonhar que um outro mundo e uma outra escolas são possíveis. Um Brasil ao qual associamos momentos únicos de felicidade e de companheirismo. Um Brasil profundamento humano, caloroso, feito de inquietações e de preocupações democráticas. O Brasil da Ana Ruth, da Isabel e da Paula Parolin, do Francis, da Sandra Bozza, da Emília Cipriano e do Cláudio Sanches, do Celso Vasconcelos, do Bernard Charlot, do Luca Rischbieter, do Júlio Furtado e do João, da Teresinha Rios, da Theresa Penna Firme, do César Nunes ou, entre tantos outros, da Marília Fanucci. Com a Ana Ruth aprendemos que a Matemática, sem deixar de ser Matemática, é um instrumento e uma oportunidade para que todos sejamos cidadãos e cidadãs de corpo inteiro, mais inteligentes, mais cosmopolitas e mais humanos. Choramos porque não a tornaremos a ver, mas num canto qualquer das nossas memórias vai permanecer, enquanto cá estivermos, a sua generosidade, o seu saber e o seu sorriso com o mar de Barra Velha ao fundo.
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Ainda estou incrédula com a notícia. Há poucos dias participei do juri da sua orientanda Luciana e foi neste percurso, entre qualificação e defesa, que pude conhecer a Ana Ruth para além dos textos. Sou grata pelo seu contributo na área da educação matemática <3
Porque a memória humana pode ser muita traiçoeira e porque o Brasil que nós amamos tem mais gente dentro do que aquelas e aqueles que eu nomeei no post, importa dizer, por isso, que os nomes das pessoas referidas são nomes de pessoas que nos ligam e se ligam à Ana Ruth. Para além destes, e porque mesmo na morte a Ana Ruth nos congrega, não seria justo esquecer, pela importância que assumem nas nossas vidas, pessoas tão importantes como a Bianca Biuse e o Clóvis, a Cláudia Santa Rosa, a Cleoni Barboza, a Denise Padula, a Fernanda, em Campinas, o Fernando Martins, a Graça Baptista, a Isabel Almeida, a Iracema Cusatti, a Jacqueline Moll, o Joe Garcia, o Júlio Groppa, o Luciano Gamez, a Marilda Behrens, o Norberto Dallabrida, a Patrícia Lupion Torres, o Renato Polli, a Romilda Ens, a Rosely Saião, a Tânia Bezerra e a Tânia Palhares. De outro modo, mas ainda nos nossos corações, temos a tribo maravilhosa do Marcos Melo e da Luciana... Obrigado Brasil