Numa reação ao texto inicial com que inicio este blog, o José Matias Alves, uma pessoa que dispensa apresentações, dada a sua presença e voz assíduas em iniciativas e textos que, na minha perspetiva, são contributos decisivos para se refletir sobre a transformação da Escola portuguesa contemporânea, confronta-me com uma questão que, de facto, não pode ser ignorada.
Me recordo a primeira vez que ouvi as suas palavras, Rui, com o conselho de Meirieu: "Se a função dos professores é fazer tudo pelos seus alunos, importa que não se esqueçam que tudo o que possam fazer não poderá ser feito sem eles." Desde então tem sido o meu mantra quando ouço que os professores já fizeram de tudo (e muito fazem!) e não superaram tal obstáculo. Só não podemos nos esquecer que sem eles - os alunos-, nada é feito. E muita vezes os alunos estão a margem do seu próprio processo educativo - ou porque estão a ser instruídos ou porque são considerados autossuficientes. Eis estão o grande desafio de ser professor: promover situações que permitam uma relação significativa destes alunos com o saber.
Teresa o nosso grande debate (e como aluna destes dois grandes Professores) é a recusa do lugar do professor como alguém que está na vida do aluno e das escolas para facilitar o que quer que seja. Ao professor cabe a nobre tarefa de desafiar os seus alunos e é este desafio que os leva e conduz durante o processo de aprendizagem. Aceitar que o professor pode ser um facilitador é, no meu entender, recusar a dimensão profissional da docência. E por isso, quando recorremos à memoria para pensar nos nossos Professores surgem aqueles que nos guiaram e desafiaram, aqueles que ao nos ensinar, promoveram a nossa aprendizagem. O desafio e a conquista intelectual é a variável comum, pelo menos uma delas, aqueles que a memória transporta para estas reflexões.
Porventura "facilitador" seja um termo cheio de ambiguidade. Historicamente situado para provocar disrupção? Apostando no paradigma comunicacional, esse tal "facilitador" tem a tarefa mais difícil que é proporcionar e organizar uma comunicação permanente não centrada em si nem unidirecional. Esse aparente "apagamento" da importância, também ela nuclea,r da ação do professor, é mais exigente para si próprio que muito dirigismo ainda por cá instalado.
Me recordo a primeira vez que ouvi as suas palavras, Rui, com o conselho de Meirieu: "Se a função dos professores é fazer tudo pelos seus alunos, importa que não se esqueçam que tudo o que possam fazer não poderá ser feito sem eles." Desde então tem sido o meu mantra quando ouço que os professores já fizeram de tudo (e muito fazem!) e não superaram tal obstáculo. Só não podemos nos esquecer que sem eles - os alunos-, nada é feito. E muita vezes os alunos estão a margem do seu próprio processo educativo - ou porque estão a ser instruídos ou porque são considerados autossuficientes. Eis estão o grande desafio de ser professor: promover situações que permitam uma relação significativa destes alunos com o saber.
E como é difícil comunicar!
Teresa o nosso grande debate (e como aluna destes dois grandes Professores) é a recusa do lugar do professor como alguém que está na vida do aluno e das escolas para facilitar o que quer que seja. Ao professor cabe a nobre tarefa de desafiar os seus alunos e é este desafio que os leva e conduz durante o processo de aprendizagem. Aceitar que o professor pode ser um facilitador é, no meu entender, recusar a dimensão profissional da docência. E por isso, quando recorremos à memoria para pensar nos nossos Professores surgem aqueles que nos guiaram e desafiaram, aqueles que ao nos ensinar, promoveram a nossa aprendizagem. O desafio e a conquista intelectual é a variável comum, pelo menos uma delas, aqueles que a memória transporta para estas reflexões.
Viva, meu caro Rui! Obrigado pela reflexão adicional. Os termos da equação ficam mais claros. "Navegamos sem o mapa que fazemos".
Porventura "facilitador" seja um termo cheio de ambiguidade. Historicamente situado para provocar disrupção? Apostando no paradigma comunicacional, esse tal "facilitador" tem a tarefa mais difícil que é proporcionar e organizar uma comunicação permanente não centrada em si nem unidirecional. Esse aparente "apagamento" da importância, também ela nuclea,r da ação do professor, é mais exigente para si próprio que muito dirigismo ainda por cá instalado.