Ao fim da manhã, em Guimarães, ouvindo António Nóvoa falar da Escola como um bem público e comum, fomos confrontados, no último dispositivo da sua brilhante intervenção, com George Steiner que nos inquiria:
Pensei, com cuidado, se a fotografia que deveria ilustrar seria a dos escombros ou o dos rostos destas crianças. Optei pelos rostos porque sei que os edifícios se reconstroem e a destruição se esquece. Não sei, contudo, se isso acontece quando essa mesma destruição se encontra instalada nos nossos corpos. E digo não sei porque tenho de alimentar a esperança que, neste caso, a destruição poderá vir a ser, apenas, uma memória distante.
Pensei, com cuidado, se a fotografia que deveria ilustrar seria a dos escombros ou o dos rostos destas crianças. Optei pelos rostos porque sei que os edifícios se reconstroem e a destruição se esquece. Não sei, contudo, se isso acontece quando essa mesma destruição se encontra instalada nos nossos corpos. E digo não sei porque tenho de alimentar a esperança que, neste caso, a destruição poderá vir a ser, apenas, uma memória distante.