Este é um excerto de um conto, da autoria de Mia Couto, intitulado «Lição de caligrafia» e que pode ser lido na obra «Compêndio para desenterrar nuvens».
Que alegria ler as palavras de Mia Couto! Pensar a leitura e a escrita no seu âmbito social é ainda mais urgente em tempos que métodos prontos com fonemas isolados se fazem presentes. Lemos e escrevemos para a vida, não (apenas) para a escola. Obrigada pela partilha do texto, Professor Rui!
Mas olha que este texto caiu na perfeição! Valentina está na sua fase de paixão pela escrita. Ontem, ao escrever o nome do pai e colocar qualquer letra fora do sítio, dei uma sugestão de remendo.
Ela, a partir do seu perfeccionismo (que se calhar puxou a quem?!), não aceitou o remendo. "Letras grossas são da pré!" Oh, minha filha, mas quem te disse isso?
A nossa letra é de certo modo a expressão da nossa identidade. Além do facto de nos diferenciarmos um do outro pelo tipo de "letra", nós teremos várias "letras" ao longo da vida. Exploramos várias: grossas, finas, retilíneas, curvas, ...
Hoje, nem de propósito, recebi esse texto que, quando Valentina chegar da escola, será a nossa reflexão do dia. Aliás, o Blog tem sido sempre uma inspiração, como já era possível prever.
Saindo da parte mãe e indo para a parte profissional e académica: Ao meu ver o texto nos inspira a pensar a escrita como ferramenta de empoderamento com uma dimensão social e não como um processo instrumentalizado circunscrito a uma forma - única e perfeita. Pensando em Freire: A leitura do mundo antecede a leitura da palavra. E então não podemos pensar na importância de se escrever o mundo?! Que a leitura deste texto inspire práticas outras. Obrigada!!!
Que alegria ler as palavras de Mia Couto! Pensar a leitura e a escrita no seu âmbito social é ainda mais urgente em tempos que métodos prontos com fonemas isolados se fazem presentes. Lemos e escrevemos para a vida, não (apenas) para a escola. Obrigada pela partilha do texto, Professor Rui!
Mas olha que este texto caiu na perfeição! Valentina está na sua fase de paixão pela escrita. Ontem, ao escrever o nome do pai e colocar qualquer letra fora do sítio, dei uma sugestão de remendo.
Ela, a partir do seu perfeccionismo (que se calhar puxou a quem?!), não aceitou o remendo. "Letras grossas são da pré!" Oh, minha filha, mas quem te disse isso?
A nossa letra é de certo modo a expressão da nossa identidade. Além do facto de nos diferenciarmos um do outro pelo tipo de "letra", nós teremos várias "letras" ao longo da vida. Exploramos várias: grossas, finas, retilíneas, curvas, ...
Hoje, nem de propósito, recebi esse texto que, quando Valentina chegar da escola, será a nossa reflexão do dia. Aliás, o Blog tem sido sempre uma inspiração, como já era possível prever.
Saindo da parte mãe e indo para a parte profissional e académica: Ao meu ver o texto nos inspira a pensar a escrita como ferramenta de empoderamento com uma dimensão social e não como um processo instrumentalizado circunscrito a uma forma - única e perfeita. Pensando em Freire: A leitura do mundo antecede a leitura da palavra. E então não podemos pensar na importância de se escrever o mundo?! Que a leitura deste texto inspire práticas outras. Obrigada!!!